Acolhimento, segurança e cuidado em cada etapa da sua gestação.

‹ Voltar

 

Relato de Parto de Carol 

 

 

(Mantendo a tradição de fazer o relato de parto após 1 ano do parto. Pra mim é um momento nostálgico onde revivo cada detalhe retido na minha memória)

05/10/2023 - Comecei a sentir as contrações leves 3h da manhã. Fiquei tranquila pq sabia que não estavam ritmadas e fiquei monitorando meio dormindo/ meio acordada. Às 5h mandei mensagem para doula e EO. Lucas só ficou sabendo umas 5:30 quando acordou e pedi pra não ir pro trabalho, mas que levasse João pra escola normalmente.
Claudinha (EO) chegou em casa umas 6:30 para me avaliar. Eu estava arrumando João pra escola normal. Parava e me concentrava quando vinha a contratação, mas a seguir continuava de “boas”. Tomamos café juntas, conversamos, rimos, me examinou e se despediu. Só lembro dela falar com Lucas para chamá-la novamente quando eu tivesse fazendo caretas 😅
Aproveitei e fui descansar um pouquinho. Dormi 1h mais ou menos e quando acordei tomei um banho morno que acelerou todo processo de trabalho de parto. Comecei as caretas e Lucas já informou as meninas. As 10h a doula Cinthia chegou e umas 11/11:30 Claudinha chegou pra completar o time.

Eu e bebê monitorados e bem. Muita massagem na lombar e compressa morna para alívio das dores das contrações e só às 12h foi feito o primeiro exame de toque, onde estava com 5/6cm.
Achei uma posição boa na cama e fiquei deitadinha de lado relaxando enquanto as meninas avisavam a obstetra. Umas 12:30 as meninas e Lucas decidiram ir para a maternidade. Eu só queria ficar na posição deitada quietinha no escurinho do quarto. Arrumaram tudo e almoçaram rapidinho. Eu não consegui almoçar. Estava concentrada e um pouquinho agoniada com as contrações mais próximas depois que sai da posição deitada. Saímos de casa bem próximo de 13h e ja no elevador comecei a sentir vontade fazer força. Como se o corpo estivesse sinalizando que era a hora. As meninas ainda avisaram que se viesse a vontade podia fazer deixando o corpo livre.
Fomos para o carro e sentei normal no banco de trás exatamente atrás do banco do motorista.

Logo que viramos a esquina de casa veio o primeiro puxo e Heitor saiu pela metade empelicado. Eu consegui pegar na sua cabecinha dentro da bolsa e só avisei que ele tinha saído. Não me levaram a sério 😂
Falei novamente que ele já estava do lado de fora e foi um susto coletivo. PARA O CARRO! PARA O CARRO! Lucas sem cair a ficha ainda, querendo estacionar direitinho e Claudinha só grita: PARA AGORA!
Eu deitei no banco com a cabeça no colo de Cínthia e ri do caos 😅
Lucas parou o carro, abriu a porta de trás e viu metade de Heitor pra fora. Nessa hora a ficha finalmente caiu e fez uma cara ótima falando “já está saindo!” com a mão na cabeça e fechou a porta de volta, como se a criança fosse voltar por onde saiu 😂😂.
A enfermeira querendo entrar no carro pra pegar Heitor no segundo puxo e ele com a mão na cabeça perguntando se era pra chamar o SAMU/ambulância 🤭
O segundo puxo veio e ele saiu completamente no tempinho dele de forma triufante às 13:07 de uma quinta-feira. Chorou, mamou e dormiu até a maternidade enroladinho no rebozo de Claudinha.
Uma das lembranças mais forte que tenho do parto de Heitorzinho é a cara impagável do pai. Nem sei como conseguiu dirigir até a maternidade. Isso sempre me faz lembrar desse momento de forma leve e divertida 🥰